Melhor cenário de corte de emissões de CO2 resolve só 1/3 do aquecimento global

A pouco menos de uma semana para o início de uma nova conferência mundial do clima, que tem como objetivo começar a definir as regras de como vai funcionar o Acordo de Paris, a ONU faz um novo apelo aos países participantes, mas também aos setores não governamentais, para que aumentem seus esforços de combate às emissões de gases de efeito estufa.

 

Mesmo se todos os compromissos assumidos no âmbito do acordo foram cumpridos, eles vão representar apenas um terço do que o mundo necessita fazer até 2030 – prazo colocado nas metas -, tornando “extremamente improvável” conter o aquecimento do planeta a menos de 2ºC até o final do século. É o que aponta a 8ª edição do Emissions Gap Report, coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado na manhã desta terça-feira, 31.

 

O relatório trabalha com um conceito de “orçamento de carbono”, que é um limite calculado de quanto carbono pode ser emitido sem aumentar demais a temperatura. Pelas contas, nesse ritmo, mesmo com todas as metas cumpridas, chegaremos a 2030 com cerca de 80% dessa conta já gasta.

 

O cenário fica ainda mais complicado se tentarmos ficar em 1,5ºC de aquecimento, como também indicado no acordo. Para essa temperatura, as emissões têm de ser obviamente menores. Mas, voltando ao orçamento de carbono, no ritmo atual, para este objetivo, ele já terá sido totalmente esgotado em 2030.

 

Todo ano uma equipe de cientistas internacionais mede a lacuna entre as ações que a humanidade está tomando para diminuir a quantidade de gases que aquecem o planeta que é lançada na atmosfera e o quanto de fato precisaria estar sendo feito para cumprir as metas estabelecidas a fim de evitar os piores cenários de mudanças climáticas.

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