Cutting global greenhouse gas emissions is essential for managing climate change risks in every corner of the world. However, even if we can limit global warming to 2°C, the climate will still change, affecting both businesses and communities across Latin America.
The 2°C target for global warming is often misunderstood. There is a tendency to think of it as a scientific boundary that perfectly delineates between “safe” and “dangerous” levels of climate change. It is not.
Instead, it is a line drawn by politicians in 2010 in a pragmatic attempt to strike a balance that avoids the more severe climatic changes associated with greater levels of warming, while recognizing that keeping global warming to much below 2°C would be politically challenging.
But make no mistake, global warming of 2°C will still seriously impact businesses and communities. Some scientists – most notably NASA’s James Hansen – warn that even 2°C of warming could be disastrous, creating “feedbacks” that lock in much higher levels of warming.
A number of the world’s most vulnerable countries highlighted this point at the UN climate change conference in Paris in December 2015. As a result, the Paris Agreement included a more ambitious target of limiting warming to ‘well-below 2°C’ with a stretch goal of 1.5°C
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Perda de cobertura florestal deixaria o ecossistema semelhante ao do Cerrado
RIO — Sob constante pressão do desmatamento e ameaçada pelas mudanças climáticas, a Floresta Amazônica corre o risco de entrar num “ciclo mortal” que pode levar o ecossistema a se transformar em algo mais parecido com o Cerrado. De acordo com um estudo liderado por pesquisadores do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático, baseado na Alemanha, a perda de cobertura florestal provoca uma redução na umidade do ar, desbalanceando o sistema e tornando outras regiões mais suscetíveis ao desflorestamento. Modelos computacionais indicam que sob condições de seca, essas perdas adicionais, classificadas como “autoamplificadas”, variam entre 10% e 13%.
— Sabemos que a redução das chuvas aumenta o risco de perdas florestais e, por outro lado, as perdas florestais intensificam as secas. Por isso, mais secas levam a menos florestas, que geram mais secas e assim por diante — afirma Delphine Clara Zemp, pesquisadora do Instituto Postdam e líder do estudo publicado em março na revista “Nature”.
Esse efeito dominó tem potencial para desestabilizar o equilíbrio do ciclo das águas na Amazônia. Hoje, a umidade penetra no continente vinda do Oceano Atlântico, carregada pelos ventos alísios até o Andes. Durante o percurso, essa umidade se condensa em chuvas torrenciais, que suportam a riqueza do bioma. Mas grande parte dessa água, em média 70% nas áreas de floresta tropical, retorna para a atmosfera pela evapotranspiração — evaporação da água no solo e da transpiração das plantas — e continua o seu caminho em direção ao interior do continente.
Em áreas com a vegetação típica do Cerrado, só 57% do vapor d’água retorna para a atmosfera. E essas perdas vão se acumulando ao longo do caminho, aumentando o risco de secas nas regiões mais internas do continente e a consequente perda de cobertura florestal.
— A região da Amazônia possui dois estados de equilíbrio possíveis. Um deles é o atual, de floresta tropical, e o outro é o de Cerrado. Nós temos a floresta tropical porque as condições de umidade — com muitas chuvas — e de temperaturas amenas são favoráveis — explica Henrique Barbosa, pesquisador do Instituto de Física da USP e coautor da pesquisa. — Se você reduz as chuvas e aumenta as temperaturas, que é o que está acontecendo, o Cerrado passa a ser favorecido.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento voltou a crescer na Amazônia brasileira. No ano passado foram desmatados 7.989 km², aumento de 29% em relação ao ano anterior. Além da atividade humana local, a região sofre com a pressão global das mudanças climáticas: desde 2005, foram três períodos de seca intensos. As projeções indicam a ocorrência mais frequente de eventos climáticos extremos, com secas fortes e prolongadas.
— Mais do que determinar o que vai acontecer, esse estudo serve como um alerta — acredita a pesquisadora Marina Hirota, da Universidade Federal de Santa Catarina e coautora do estudo, ressaltando que não concorda com a previsão de savanização da Amazônia. — O que nós sabemos é que esse círculo vicioso, essa desestabilização, provoca perdas na floresta sem que o homem tenha que ir lá e desmatar.
Apesar das previsões, o estudo indica forte resiliência do ecossistema amazônico. Por ser heterogêneo, as diferentes espécies de plantas resistem de forma diversa aos períodos de seca, e fornecem maior resistência às alterações nos regimes de precipitação.
— Uma pessoa tem dez vasos com espécies de plantas diferentes na varanda, precisa viajar e pede para o vizinho regar. Por mais que ele regue todos os dias, ele coloca menos ou mais água, perturbando o sistema. Na volta da viagem, quatro plantas morreram, mas seis sobreviveram. Essa é a resiliência da heterogeneidade — exemplifica Marina. — É isso o que acontece na Amazônia. Em regiões diferentes, as florestas são diferentes, e algumas porções podem não sobreviver, mas outras certamente irão.
Carl Schleussner, outro coautor do estudo, concorda que com as mudanças nas chuvas previstas para o fim deste século, a Amazônia não morrerá.
— Mas grandes partes certamente estão em risco — alerta Schleussner.
Fonte: O Globo
Os moradores de Mocoa, sul da Colômbia, procuram desesperadamente por seus parentes, incluindo alguns bebês, mas é cada vez mais difícil encontrar pessoas vivas sob a lama após o deslizamento de terra que deixou 254 mortos. Segundo a imprensa colombiana, há mais de 200 desaparecidos.
Dois dias depois da catástrofe provocada pela cheia de três rios na capital do departamento de Putumayo, sul do país, muitos que conseguiram escapar do "mar de lama" se aglomerava no hospital de Mocoa ou à frente do cemitério para procurar notícias.
"Continua o trabalho de buscas para encontrar sobreviventes, ainda estamos dentro da janela de 72 horas posteriores a um desastre desse tipo", disse à AFP um porta-voz da Cruz Vermelha Colombiana (CRC) no domingo à noite.
Entre as pessoas que perderam familiares, algumas lutam por suas vidas depois de tragar, respirar e afundar na lama.
"Estava morrendo por falta de ar. O que eu fiz? Enfiei o dedo na boca, vomitei barro, continuei com dedo na boca, vomitei mais barro. Espirrava lama, tudo era barro, até que consegui voltar a respirar", contou Carlos Acosta à AFP em um abrigo onde se recupera dos ferimentos.
Mas a dor não é apenas física.
Na sexta-feira à noite, este homem de 25 anos dormia com o filho Camilo de três anos ao seu lado, quando acordo ao perceber que a água inundava sua casa.
"Peguei meu bebê no colo, mas a água nos arrastou e bati nas pedras", recorda.
Ele ficou inconsciente e quando acordou não havia sinais da criança.
Carlos conseguiu se agarrar a um pedaço de madeira e salvar sua vida. Mas a lama arrastou seu filho.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou no domingo que a avalanche deixou 203 feridos, muitos com gravidade, que estão sendo atendidos em hospitais de Mocoa e outras cidades.
"Sei que expresso o desejo de todos os colombianos por sua plena recuperação", disse o presidente, que supervisionou no fim de semana os trabalhos de resgate e as obras para restituir os serviços básicos na região.
Santos explicou que a avalanche destruiu o aqueduto local, que deve demorar um ano para ser completamente reconstruído. Também disse que o serviço de energia elétrica ficou "gravemente afetado", não apenas na capital, mas em metade do departamento de Putumayo.
Em Mocoa, 45.000 pessoas foram afetadas, de acordo com a Cruz Vermelha. A energia elétrica foi parcialmente restabelecida no domingo, com linhas auxiliares, mas dezenas de pessoas foram para as ruas com o objetivo de recarregar os telefones celulares em geradores provisórios.
O medo de outra avalanche volta até mesmo com uma chuva fina, o que levou a Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) a desmentir um perigo iminente.
O deslizamento, que despertou a solidariedade mundial, supera o último grande desastre natural da Colômbia, uma tragédia similar na cidade de Salgar, que deixou 92 mortos em maio de 2015.
As fortes chuvas na América do Sul também afetaram o Peru, com 101 mortos e mais de um milhão de desabrigados, e o Equador, com 21 mortes desde janeiro e mais de 9 mil famílias afetadas.
As doações começaram a chegara ao país. Uma das mais importantes veio da China, com um milhão de dólares.
Fonte: G1
The world is warming because humans are emitting heat-trapping greenhouse gases. We know this for certain; the science on this question is settled. Humans emit greenhouse gases, those gases should warm the planet, and we know the planet is warming. All of those statements are settled science.
Okay so what? Well, we would like to know what the implications are. Should we do something about it or not? How should we respond? How fast will changes occur? What are the costs of action compared to inaction? These are all areas of active research.
Part of answering these questions requires knowing how weather will change as the Earth warms. One weather phenomenon that directly affects humans is the pattern, amount, and intensity of rainfall and the availability of water. Water is essential wherever humans live, for agriculture, drinking, industry, etc. Too little water and drought increases risk of wild fires and can debilitate societies. Too much water and flooding can occur, washing away infrastructure and lives.
It’s a well-known scientific principle that warmer air holds more water vapor. In fact, the amount of moisture that can be held in air grows very rapidly as temperatures increase. So, it’s expected that in general, air will get moister as the Earth warms – provided there is a moisture source. This may cause more intense rainfalls and snow events, which lead to increased risk of flooding.
But warmer air can also more quickly evaporate water from surfaces. This means that areas where it’s not precipitating dry out more quickly. In fact, it’s likely that some regions will experience both more drought and more flooding in the future (just not at the same time!). The dry spells are longer and with faster evaporation causing dryness in soils. But, when the rains fall, they come in heavy downpours potentially leading to more floods. The recent flooding in California – which followed a very intense and prolonged drought – provides a great example.
Okay so what have we observed? It turns out our expectations were correct. Observations reveal more intense rainfalls and flooding in some areas. But in other regions there’s more evaporation and drying with increased drought. Some areas experience both.
Some questions remain. When temperatures get too high, there’s no continued increase in intense rain events. In fact, heavy precipitation events decrease at the highest temperatures. There are some clear reasons for this but for brevity, regardless of where measurements are made on Earth, there appears to be an increase of precipitation with temperature up until a peak and thereafter, more warming coincides with decreased precipitation.
See more: The Guardian