Crescimento econômico deverá ser maior se conseguirmos limitar o aquecimento global
Já há conhecimento suficiente sobre a participação humana no aquecimento global, assim como já se sabe que as mudanças climáticas podem ocasionar danos irreversíveis às espécies e aos ecossistemas, reduzindo sua capacidade de fornecer bens e serviços à sociedade. O recente relatório especial do IPCC que analisa os impactos do aquecimento global de 1,5oC acima dos níveis pré-industriais e as possíveis trajetórias das emissões de gases de efeito estufa mundiais, fornece elementos que deveriam estimular o aumento do nível de ambição dos compromissos nacionais contidos no Acordo de Paris. As reduções das emissões propostas no Acordo não são suficientes para manter a integridade climática, pois o aumento de temperatura seria superior a 30C. Tanto que já está previsto para 2020 uma nova rodada para que os países apresentem novas propostas de redução de suas emissões.
Para ficarmos no limite de 1,5oC, o investimento em tecnologias de baixo carbono deverá ser o dobro do que é atualmente e nas próximas duas décadas a exploração de combustíveis fósseis deverá ser um quarto da atual. O aumento da temperatura ficando neste limite, reduzirá o impacto sobre a biodiversidade, que é essencial para a sobrevivência e o desenvolvimento das espécies e a provisão de inúmeros serviços ecossistêmicos necessários para nossa existência, como água e alimentos. Os benefícios em termos de custos de adaptação serão enormes. Quanto maior for o nível de redução das emissões, ou seja, mitigação, menor será a necessidade de adaptação. Teremos que usar, de qualquer forma, as duas estratégias, porém o custo de mitigação é inferior ao da adaptação.
Leia completo em Projeto Colabora
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) convidam órgãos públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário, instituições de ensino e pesquisa, empresas públicas e privadas, cooperativas e organizações não governamentais a participarem desta chamada pública.
Objetivo
Identificar e divulgar iniciativas (práticas, projetos, programas e políticas) que apresentam resultados positivos concretos e que possam auxiliar prefeitos, secretários e outros gestores públicos dos 5.570 municípios brasileiros a implementarem programas de sustentabilidade nos seguintes temas:1. Uso racional da água 2. Uso racional da energia e eficiência energética 3. Tecnologia da informação aplicada à sustentabilidade 4. Tecnologia de equipamentos 5. Uso racional da madeira 6. Gestão de resíduos sólidos 7. Uso do papel 8. Qualidade de vida dos servidores 9. Mobilidade/transporte 10. Compras/licitações sustentáveis 11. Construções sustentáveis
Serão divulgadas 20 boas práticas por tema, que estarão disponíveis no site do programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) do MMA: http://www.mma.gov.br/responsa
Inscrição
Qualquer organização pública ou privada poderá inscrever, de forma gratuita e voluntária, até 2 (duas) boas práticas já implementadas em cada um dos 11 temas citados, por meio do formulário disponível emhttp://www.mma.gov.br/responsa
Prazo de inscrição
A partir desta data até o dia 23 de novembro de 2018 às 23:59
Critérios de seleção
Para seleção das boas práticas será utilizado um sistema de avaliação embasado nos 3 pilares temáticos de sustentabilidade (ambiental, social e econômico) que contém 15 indicadores. Estes critérios estão disponíveis para download na introdução do formulário de inscrição.
Dúvidas
Envie e-mail para boaspraticasA3P@gmail.com (Rafael Jó Girão - consultor MMA/ONU Meio Ambiente)
Parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, através do programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) busca identificar e divulgar boas práticas para a administração pública brasileira. O objetivo é auxiliar prefeitos, secretários e outros gestores públicos a implementarem programas de sustentabilidade nos seus órgãos.
O processo de seleção ocorrerá através da chamada pública “Boas práticas A3P”, que receberá a inscrição de iniciativas (práticas, projetos, programas e políticas) em execução ou finalizadas e já apresentem resultados positivos concretos.
Podem se inscrever - gratuitamente - órgãos públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário, instituições de ensino e pesquisa, empresas públicas e privadas, cooperativas e organizações não governamentais. No caso das empresas privadas, serão aceitas iniciativas implementadas. No geral, as iniciativas precisam, necessariamente, ser relacionadas aos seguintes temas: 1. Uso racional da água; 2. Uso racional da energia e eficiência energética; 3. Tecnologia da informação aplicada à sustentabilidade; 4. Tecnologia de equipamentos; 5. Uso racional da madeira; 6. Gestão de resíduos sólidos; 7. Uso do papel; 8. Qualidade de vida dos servidores; 9. Mobilidade/transporte; 10. Compras/licitações sustentáveis; 11. Construções sustentáveis.
Ao final do estudo, as 20 melhores práticas de cada tema serão disponibilizadas no site do Ministério do Meio Ambiente. Também será possível acessar listas de instituições, ONGs, universidades e departamentos que atuam com os temas apontados, além de bibliografia com livros, filmes, revistas, jogos digitais, sites e perfis de redes sociais de referência.
As inscrições gratuitas estão abertas até o dia 23 de novembro de 2018 e podem ser realizadas no site http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p/boas-praticas.
O Ministério do Meio Ambiente preparou um detalhado e volumoso trabalho para dar plena ciência de tudo o que tem sido feito na pasta e daquilo que é de nossa responsabilidade à equipe de transição, com a qual pretendemos estabelecer um diálogo transparente e qualificado. Por isso, recebemos com surpresa e preocupação o anúncio da fusão com o Ministério da Agricultura.
Fome: na foto, mulher aguarda ajuda na Somália devastada pela seca em 2011 (Stuart Price / ONU Multimedia)
Uma nova crise global de fome, como a provocada por grandes secas no final do século XIX e que custou 50 milhões de vidas, tem chances de ocorrência aumentadas pelo aquecimento global provocado pela humanidade, que pode provocar um novo colapso mundial das lavouras.
Por Tim Radford para a Climate News Network
A mudança do clima provocada pelo aquecimento global induzido pelo homem pode gerar mais uma vez as condições para que se repita um dos mais trágicos episódios da história da humanidade, a Grande Seca e a Crise Global de Fome de 1875 a 1878.
Estes anos foram marcados por secas generalizadas e prolongadas na Ásia, no Brasil e na África, secas desencadeadas por uma conjunção de condições incomuns nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico Norte.
Supõe-se, hoje em dia, que aquela crise de fome pode ter ceifado até 50 milhões de vidas, e ter sido mais fatal devido às condições políticas ligadas à dominação colonial dos três continentes no século XIX.
Fonte: Clima Info