Primeira chuva no Atacama em 500 anos destrói vários micróbios

Quando as chuvas caíram no deserto de Atacama, no Chile, pela primeira vez em séculos, cientistas esperavam ver a vida florescer. Em vez disso, quase todas espécies microbianas morreram. A chocante descoberta foi publicada na revista científicaScientific Reports.

A mudança climática no Oceano Pacífico resultou em chuva árida no deserto em 25 de março e 9 de agosto de 2015, e novamente em 7 de junho de 2017. Não houve evidências de chuva nesta região nos últimos 500 anos, embora relatórios do clima sugerem que isso deve ocorrer a cada século.

Uma equipe internacional de astrobiólogos que estuda a região estava "esperando por floresções e desertos majestosos", disse Alberto Fairén, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. "Mas foi o contrário, pois descobrimos que a chuva no núcleo hiperárido do Atacama causou extinção em massa da maioria das espécies microbianas indígenas."

Esta área do deserto abrigava 16 espécies diferentes de micróbios antigos. Mas depois da chuva, somente duas a quatro espécies ainda sobreviviam nas lagoas restantes.

A causa da extinção de cerca de 85% da vida no solo foi o "estresse osmótico" causado pela chegada da água. Os micróbios se adaptaram para sobreviver em condições extremas de secura, e não conseguiram lidar com rapidez ao súbito fluxo de água.

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