Rio+20 pode ajudar Brasil a erradicar a miséria

miseria 3Os países que se reunirão na Rio+20 terão a difícil tarefa de encontrar alternativas para o combate à miséria, que só no Brasil atinge 16,27 milhões de pessoas. O desafio amenta ainda mais quando se constata que 6% da população mora em assentamentos irregulares, ocupações de terras e favelas. São 11,4 milhões de brasileiros vivendo em condições precárias, locais de risco, e sem acesso a serviços públicos básicos.

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Especialistas afirmam que acordo no COP 17 não é o suficiente

A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas terminou em Durban, África do Sul, após quase dois dias de atraso.

entrevista-g1-11-12A reunião da ONU sobre o clima terminou com quase dois dias de atraso e com um compromisso histórico: países ricos e emergentes finalmente se comprometeram a reduzir juntos as emissões de gases-estufa. Mas, para especialistas, isso não é o suficiente. Segundo a professora Suzana Kahn, da Coppe, o fato de Estados Unidos e China terem aceitado adotar metas para 2020 é bom apenas pela expectativa que se cria. ”Apenas concordar com metas é muito pouco e vago. Mas é interessante a expectativa de que caminhamos para um mundo mais restritivo. Faz com que empresas e governos migrem para uma economia de menor carbono”, disse a professora.

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‘É um avanço chegar a um acordo, mas é preciso esperar até 2015’, diz professor da UFRJ

O acordo final da COP-17 saiu depois de muito atraso e deixou os negociadores contentes.

7a74bb86a3b207663ddeea6afdea40462ec4a83fO encontro da Onu sobre mudanças climáticas terminou cerca de 36 horas depois do previsto. E um novo acordo global foi fechado. Para os negociadores foi uma vitória, para os ambientalistas, não houve grandes avanços. Os 194 representantes dos países concordaram que o protocolo de Kyoto permanecerá em vigor até 2017. O encontro também abriu as portas para as negociações de um novo texto com força legal, para entrar em vigor em 2020 - um novo pacto global sobre o clima. Segundo o protocolo de kyoto, apenas os países desenvolvidos tinham obrigação legal de reduzir suas emissões.

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Rio terá primeira "Bolsa verde" do país

logo-PBMCO Rio de Janeiro terá a primeira "Bolsa verde" do Brasil. O projeto inédito pretende desenvolver um mercado de ativos ambientais para promover a economia verde fluminense. Será o primeiro mercado de carbono do país, mas o leque de commodities negociadas será mais amplo: terá efluentes industriais, reposição florestal e até lixo. A previsão é que comece a operar em abril de 2012, às vésperas da Rio+20, a conferência sobre desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

A reportagem é de Daniela Chiaretti e publicada pelo jornal Valor, 19-12-2011.

O primeiro passo nessa direção é o acordo de cooperação que será firmado amanhã entre a Secretaria de Estado do Ambiente, a Fazenda municipal e uma associação civil sem fins lucrativos, a BVRio. "A Bolsa é um ambiente de negociação, onde quem precisa de determinados ativos compra de quem tem", explica Suzana Kahn, subsecretária de Economia Verde da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Rio. Entre esses ativos, o carbono é o mais importante.

O mercado mais forte de créditos de carbono no mundo é o europeu. Movimentou mais de € 100 bilhões em 2010. A base é o estabelecimento de um teto de emissões de gases-estufa (conhecido em inglês por "cap") e a comercialização de licenças para emitir ("trade"). Algumas vezes tais licenças são doadas pelos governos às empresas; outras, são vendidas.

A empresa que emite mais do que seu teto tem débito e compra créditos da outra, que emitiu menos - sistema de compensação e comércio conhecido por "cap & trade". "Queremos estimular a melhor eficiência e incentivar quem consegue reduzir emissões a custo menor", diz Suzana. No futuro, a Bolsa deverá abranger também energia renovável e biomassa.

O mesmo raciocínio se aplica aos efluentes industriais na Baía da Guanabara ou para créditos de logística reversa e reciclagem. No último caso, a lei determina que os produtos ou suas embalagens voltem às indústrias depois do consumo. A lógica aqui é permitir que empresas ou cooperativas que realizarem atividades de logística reversa vendam seus créditos a quem precise. "O crédito atesta que alguém reciclou uma tonelada de aço", ilustra Pedro Moura Costa, presidente-executivo da BVRio.

"Uma empresa precisa reciclar aço, mas pode comprar os créditos de alguém que fez o trabalho para ela", explicaMoura Costa. "Você delega o que tem que fazer a empresas especializadas, que podem realizar o trabalho a um custo menor do que você faria e de um modo melhor."

A BVRio é uma associação civil sem fins lucrativos, que quer desenvolver os tais ativos ambientais. Os associados da BVRio são representantes de empresas, tanto de indústrias como de outros setores (inclusive bancos) ONGs e cientistas ou pessoas envolvidas com finanças ambientais. Terá câmaras temáticas para discutir como esse espaço de negociação "pode nos ajudar a migrar para a economia verde", diz Suzana.

Outro setor de transação na Bolsa verde será voltado aos proprietários rurais que tiverem uma área de florestas maior do que a exigida por lei (a chamada reserva legal). Eles poderão vender seus certificados para outros proprietários, que precisarem recuperar áreas. É um esquema similar aos créditos de reposição de retirada de vegetação. Nesse tópico, quem usa madeira retirada de florestas nativas tem obrigação de repor o que tirou. Empresas que fizerem plantio de modo voluntário poderão vender créditos às que têm a obrigação de repor a mata.

"O governo tem que criar a demanda para cada uma dessas commodities", explica Moura Costa. "Estamos trabalhando para que o Estado tenha metas de redução", diz Suzana, referindo-se aos gases-estufa. Ela adianta que há contatos com siderúrgicas, empresas de petróleo e gás, cimento, para identificar o custo de cortar emissões. "Ao mesmo tempo, queremos criar um mecanismo de mercado para que possam cumprir suas metas", explica a subsecretária. "De um lado estaremos apertando, mas de outro, criando condições para que a economia verde deslanche."

Se o objetivo imediato da Bolsa fluminense é estimular a economia verde no Estado, a iniciativa pode ter estímulos indiretos. Um deles, por exemplo, é atrair para o Rio um setor de prestação de serviços ambientais que, em Londres, já representa 9.000 empresas, em prega 160 mil pessoas e tem faturamento anual de 23 bilhões de libras esterlinas, diz Moura Costa.

Ele foi o fundador de uma das maiores empresas do mercado de carbono do mundo, a Ecosecurities, adquirida em 2009 pelo J.P.Morgan. "Quero agora fazer algo semelhante no Brasil", diz. Engenheiro agrônomo com especialização florestal, Moura Costa acredita que a Bolsa verde pode aumentar a qualidade das metas ambientais que já existem, "que serão implementadas de modo melhor e por um custo menor".

"É muito difícil estimar o volume de operação dessa Bolsa", registra Eduarda La Rocque, secretária municipal da Fazenda do Rio. As conversas entre o governo estadual e o municipal se iniciaram há três meses, conta ela. "Queremos trazer o mercado financeiro mais para perto da economia verde", diz ela. "Essa iniciativa carrega junto todo um entorno de serviços, que envolve advogados, corretoras e uma Bolsa de valores."

Há muitos anos, o mercado de ações do Rio foi transferido para São Paulo. "Vamos ter que conseguir uma Bolsa parceira no projeto, que pode ser a de São Paulo, desde que toda a 'inteligência' da Bolsa verde esteja aqui", dizEduarda. "Bolsa hoje é virtual. Em tese, as transações podem ser feitas independentemente de onde se esteja."

Há várias iniciativas similares à do Rio em estudo no Brasil. O governo federal há anos estuda o desenvolvimento de um mercado nacional de créditos de carbono. "Isso não é simples. Estamos, agora, estudando todas as regras", antecipa Suzana. Segundo ela, a recente conferência internacional sobre mudança climática da ONU em Durban, na África do Sul, foi positiva (mesmo que os avanços tenham sido tênues) nesse sentido.

"Durban apontou com clareza que há uma tendência irreversível para a economia de baixo carbono", diz. "Isso cria, no mercado, uma expectativa positiva. Ninguém vai querer investir em uma tecnologia que será obsoleta em 10 ou 15 anos."

Fonte: IHU - Instituto Humanitas Unisinos
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505186-rioteraprimeiraqbolsaverdeqdo-pais

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