Data from NASA's GRACE and GRACE Follow-On satellites show that the land ice sheets in both Antarctica (upper chart) and Greenland (lower chart) have been losing mass since 2002. The GRACE mission concluded science operations in June 2017.
GRACE Follow-On began data collection in June 2018 and is now continuing the mass change data record for both ice sheets. This data record includes the latest data processing improvements and is continuously updated as more data are collected.
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Eis mais uma prova importante do aquecimento global! Na semana passada, quinta-feira, 13/2, o serviço europeu sobre mudanças climáticas Copernicus divulgou, em seu Twitter, imagens do desprendimento de um grande pedaço de gelo na Ilha Pine.
No post, é possível observar o histórico de imagens feito pelos satélites da ESA, que capturou rachaduras aparecendo e “rapidamente” crescendo ao longo dos dias. “As rachaduras na geleira da Ilha Pine, na Antártica cresceram rapidamente nos últimos dias, como pode ser visto nesta comparação de 2 e 5 de fevereiro de 2020. Ela está perdendo gelo dramaticamente e experimentou uma série de desprendimentos nos últimos 25 anos”, contou o tweet, que pode ser lido no final deste post.
O cientista Mark Drinkwater, do Centro de Observação da Terra da Agencia Espacial Europeia (ESA), contou à reportagem da CNN que as imagens revelam que a geleira está respondendo de forma dramática às mudanças climáticas. E acrescentou que as temperaturas mais quentes das águas do oceano e a diminuição de nevascas têm causado ainda mais desequilíbrio no sistema glacial, impedindo que algumas geleiras se recuperem, como aconteceria naturalmente.
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Era início de janeiro quando o professor Pedro Leite da Silva Dias viu as primeiras notícias sobre uma grande “explosão” de chuvas na ilha de Java, na Indonésia. Para a maioria dos brasileiros, era uma notícia sem importância, sobre um lugar distante, desconectado da nossa realidade. Mas Dias enxergou ali o prenúncio de mais uma possível tragédia nacional. “Macaco velho” das ciências atmosféricas, com quase 50 anos de experiência na área, ele logo pensou: “Essa bomba vai chegar aqui”.
E chegou mesmo. Três semanas mais tarde, uma “explosão” semelhante de chuvas torrenciais começou a desabar sobre Belo Horizonte e outros municípios da Zona da Mata Mineira, sul do Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro. As cenas de calamidade do réveillon na Indonésia logo se repetiram aqui: alagamentos, desabamentos, destruição, sofrimento, mortes. Só no Estado de Minas Gerais, mais de 50 pessoas perderam a vida em janeiro por causa da chuva, e mais de 50 mil ficaram desabrigadas.
“A experiência me diz que quando acontece uma explosão assim na Indonésia é bom ficar de olho, porque vai dar algum problema por aqui também”, observa Dias, professor titular e atual diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.
Não se trata de profecia nem premonição, mas de uma previsão científica, lastreada por décadas de pesquisa acadêmica e trabalho no campo. Além de cientista, Dias é fazendeiro, produtor de café no sul de Minas Gerais — onde depende, também, de uma boa meteorologia para garantir o sucesso de sua lavoura.
A tal “explosão”, no caso, é como os meteorologistas se referem a eventos de chuva intensa que persistem por vários dias, sobre grandes áreas, normalmente detonados por um aquecimento anômalo da água do mar ou pela intrusão de frentes frias na região dos trópicos. Essas “explosões” liberam uma quantidade imensa de energia (gerada pela mudança de fase da água, do estado gasoso para o líquido), que se propaga pela atmosfera na forma de ondas.
“É como quando você joga uma pedra num lago e forma aqueles anéis concêntricos, que espalham a energia na água a partir do ponto onde a pedra caiu”, explica Dias. “No caso da atmosfera, o papel da pedra é feito pela chuva.”
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As enchentes de Belo Horizonte e São Paulo são a ponta mais recente do iceberg climático que está a atingir as cidades brasileiras. Despreparadas, estas estão ameaçadas por chuvas cada vez mais fortes e mais frequentes. As chuvas que caíam uma vez a cada 10, 20 anos, agora acontecem a cada 5 anos ou menos.
Daniela Chiaretti, no Valor, lembra que um trabalho do INPE de 2010 indicava que a temperatura média em São Paulo já tinha aumentado entre 2°C a 3°C, o suficiente para a cidade perder sua famosa garoa. A matéria compara as “enchentes surpresas” daqui com práticas adotadas mundo afora para exatamente reduzir o risco e os prejuízos com as chuva nas cidades brasileiras.
Em Moçambique, a prefeitura de Pemba e Nacala mapearam as zonas de risco de desabamentos e enchentes e só autorizam novas construções em função desses riscos. Na Filadélfia, nos EUA, a prefeitura sabe que os primeiros milímetros de chuva determinam o tamanho do estrago. Assim, implantaram um programa no qual as casas instalam sistemas de captação e armazenamento desse primeiros volumes. Em Bangladesh, a perda anual da criação de galinhas para as enchentes foi reduzida com a introdução da criação de patos.
Chiaretti conversou com Sergio Margulis e Natalie Untersell, responsáveis pelo melhor trabalho sobre impactos climáticos em todo o país, trabalho que traz um conjunto importante de medidas de prevenção e adaptação, o Brasil 2040. Margulis diz que “se cortar gases-estufa é missão dos governos federais, a adaptação é local. É preciso começar logo: desentupir bueiros, melhorar a drenagem, plantas árvores, limpar córregos, educar a população a não jogar lixo no chão. Implementar um plano e pensar em obras estruturantes. O que não é possível é não fazer nada e apenas esperar pela próxima calamidade”.
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